Quando o silêncio vira privilégio
Em São Paulo, som excessivo é praticamente sinônimo de urbanidade. Explico: o despertar já não é biológico, mas uma convocação sinfônica involuntária. O maestro? Um martelo pneumático. Os violinos? Buzinas do engarrafamento. O coro? Gritos entusiasmados das obras ao lado, compondo uma paisagem sonora hostil, marca registrada de uma “cidade vibrante”. Mesmo em espaços dedicados […]