Saiba como funcionam os Alertas de Emergência pelo celular

Em junho de 2025, o Governo Federal inaugurou o Defesa Civil Alerta — um sistema nacional que envia mensagens emergenciais diretamente aos celulares, mesmo se estiverem no modo silencioso. E o mais importante: não exige cadastro prévio e funciona via Cell Broadcast, tecnologia consolidada no mundo inteiro.

  1. O que é Cell Broadcast?

É um sistema de transmissão de uma mensagem para vários celulares simultaneamente, por meio de antenas de celular (celulas) específicas. Diferente de um SMS individual, o alerta via Cell Broadcast atinge instantaneamente todos os dispositivos dentro de uma região geográfica — por exemplo, cidades inteiras — sem sobrecarregar a rede.

Principais características:

  • Envio em segundos (até 10 s para centenas de milhares de células) .
  • Alerta prioritário: toca um som e vibração exclusivos, mesmo com celular no silencioso 
  • Não exige app, cadastro ou conexão com internet 
  • Preserva privacidade: mensagens são enviadas por célula, sem rastrear ou identificar usuários.
  1. Quem pode enviar e quando?

No Brasil, o novo sistema é operacionalizado pela Defesa Civil, em parceria com a Anatel e o Ministério das Comunicações. O presidente Lula fez um teste nacional em 14 de junho, envolvendo 36 municípios no Nordeste. O cronograma prevê expansão por todo o país até o fim de 2025.

O sistema é utilizado em três ocasiões principais:

  1. Emergências de risco iminente à vida (tempestades, inundações, deslizamentos).
  2. Alertas de grande impacto nacional.
  3. Testes rotineiros, para manter a eficácia do sistema.
  1. Como é o processo de envio?

  1. A autoridade responsável identifica a ameaça — por exemplo, Defesa Civil estadual detecta risco de enchente.
  2. Ela transmite o aviso ao Cell Broadcast Center (CBC), o núcleo gerenciador.
  3. O CBC envia a mensagem para as rádios-células (estações).
  4. As estações retransmitem a mensagem para todos os celulares conectados naquele raio, em até 10 s.

Em resumo: o cidadão não precisa fazer nada. Se estiver na área de risco, seu celular vai tocar e exibir a mensagem. Vale destacar que se o celular estiver em modo avião, ele não receberá os alertas de emergência via Cell Broadcast. Isso acontece porque o modo avião desativa todas as conexões com a rede celular, e o sistema de alertas depende justamente da comunicação com as antenas da operadora (estações rádio base).

  1. Benefícios tecnológicos e de segurança

  • Alta velocidade e alcance preciso: cobertura geográfica eficiente, sem afetar usuários fora da área.
  • Robustez nas emergências: funciona mesmo com a rede congestionada — ideal em situações de pico de tráfego.
  • Compatibilidade universal: funciona em quase todos os celulares modernos — iOS e Android já habilitam por padrão.
  • Privacidade garantida: não rastreia ou identifica usuários.
  1. Exemplos globais

Países com sistemas semelhantes incluem:

  • Estados Unidos: Wireless Emergency Alerts (WEA), com parceria via FEMA e NWS.
  • México: sistema sísmico por Cell Broadcast, funcionando desde testes em 2024
  • União Europeia: EU-Alert, com variantes como o francês FR-Alert (desde 2022) e britânico Emergency Alert (lançado em março de 2023) Esses sistemas reforçam a efetividade desse modelo e servem de referência para o Brasil.
  1. E no Brasil, como esse sistema impacta o cidadão?

  • Sem necessidade de ação: o alerta chega automaticamente, mesmo com celular no silencioso.
  • Maior segurança coletiva: moradores em áreas de risco podem reagir rapidamente — buscar abrigo, parar trânsito, proteger entes queridos.
  • Transparência nas autoridades: o envio é público, direto, rastreável e testado periodicamente.
  • Inclusão digital: atinge turistas e pessoas sem internet ou cadastro — desde que estejam com celular ligado.

Vamos juntos construir um futuro em que a proteção da vida e da privacidade caminhem lado a lado — com ética, inteligência e inovação. Quer se aprofundar no assunto, tem alguma dúvida, comentário ou quer compartilhar sua experiência nesse tema? Escreva para mim no Instagram: @davisalvesphd.

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