O Curupira, uma figura emblemática do folclore indígena e considerado o guardião das florestas, tornou-se nesta semana o foco de uma polêmica política envolvendo o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB). Ferreira expressou sua insatisfação com a escolha do Curupira como mascote da COP30, a conferência climática da ONU que ocorrerá em Belém entre 10 e 21 de novembro, fazendo uma crítica irônica ao afirmar que o personagem “anda para trás e pega fogo”.
Excelente escolha pra representar o Brasil e nossas florestas: anda pra trás e pega fogo. pic.twitter.com/qLlTJiXnS3
— Nikolas Ferreira (@nikolas_dm) July 2, 2025
Em contrapartida, Barbalho defendeu a escolha do Curupira, ressaltando que ele é um “protetor” da cultura brasileira e simboliza a importância da preservação ambiental. O governador enfatizou que a figura do Curupira é um reflexo da rica tradição folclórica do Brasil e um chamado à proteção dos nossos recursos naturais. ” Enquanto uns mostram que andam pra trás ao não reconhecer a cultura e o folclore do nosso País, a gente avança fazendo o mundo inteiro voltar os olhos ao Brasil e ao Pará como grandes protagonistas das discussões e iniciativas em prol da preservação do meio ambiente e dos povos da floresta. O Curupira é nosso protetor, e vai seguir como referência da COP30 pra quem torce contra o nosso Pará e o nosso Brasil.”, escreveu o governador no X.
Enquanto uns mostram que andam pra trás ao não reconhecer a cultura e o folclore do nosso País, a gente avança fazendo o mundo inteiro voltar os olhos ao Brasil e ao Pará como grandes protagonistas das discussões e iniciativas em prol da preservação do meio ambiente e dos povos… pic.twitter.com/pewZ4t3Moc
— Helder Barbalho (@helderbarbalho) July 3, 2025
A lenda do Curupira, que possui os pés voltados para trás para confundir caçadores, é uma representação poderosa da conexão entre os seres humanos e a natureza. A escolha do personagem para a COP30 visa destacar o compromisso do Brasil em reduzir as emissões de gases do efeito estufa e a relevância da Amazônia nas discussões sobre questões ambientais. O primeiro registro do Curupira remonta a 1560, feito pelo padre José de Anchieta, que documentou o medo que os indígenas sentiam em relação a essa figura mítica.
*Reportagem produzida com auxílio de IA