Ghiggia, carrasco do Brasil em 50, morreu há dez anos, justamente em um 16 de julho

Há exatamente dez anos, em 16 de julho de 2015, foi ao ar no Jornal da Manhã o terceiro e último capítulo de uma série de reportagens que eu tinha feito sobre a derrota na Copa de 1950, que completava 65 anos. Naquele mesmo dia, alguém da nossa redação me avisou que Alcides Ghiggia, carrasco brasileiro, tinha acabado de falecer. 

O que é a vida? Quis o destino que aquela figura marcante do futebol uruguaio se despedisse deste plano justamente naquele dia emblemático. Resgatei, imediatamente, uma entrevista que tinha feito com ele, por telefone, em 2000, e colocamos a gravação no ar. Durante a conversa, o ex-jogador demonstrou o mesmo respeito que sempre teve pelo futebol brasileiro: “No futebol, ganham os onze e perdem os onze. A culpa pela derrota não foi do goleiro Barbosa”, ressaltou. Ao descrever o lance fatal que resultou no segundo gol da “Celeste Olímpica”, Alcides Ghiggia admitiu que o chute dele saiu prensado e a bola entrou entre o goleiro Barbosa e a trave. 

A série de reportagens “A Copa que nunca acabou” teve amplo destaque na programação da Jovem Pan, ainda mais depois da morte de Ghiggia. Agora, em 2025, o “Maracanazo”, como ficou conhecida aquela tragédia esportiva, está completando 75 anos. Apesar da tristeza que tomou conta do país, é sempre importante revisitar a história, pois o futebol nacional aprendeu com os erros daquele dia. O clima de “já ganhou” tomou conta da imprensa e da torcida que davam como certo o título da Copa. Entretanto, não existe conquista de véspera. 

Abaixo, relembre o capítulo final da série “A Copa que nunca acabou” e a entrevista com Alcides Ghiggia. 

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