Já destaquei no “Memória da Pan” que a Copa de 2026 terá 48 seleções, um número inédito de participantes. As equipes serão divididas em 12 grupos de quatro. As duas primeiras de cada chave, ou seja, 24, se classificam para a fase seguinte, assim como os oito melhores terceiros colocados também terão vaga garantida, o que pode premiar o anti jogo ou até a incompetência.
Nas Copas de 1986, 1990 e 1994, quando o Mundial ainda contava com 24 participantes, os quatro melhores terceiros colocadas também passavam para as oitavas de final. Em 1990, na Itália, a Holanda, por exemplo, terminou a primeira fase em terceiro lugar sem ganhar uma partida sequer. Já a Argentina, que derrotou o Brasil nas oitavas, estreou perdendo para Camarões, 1 a 0, venceu a URSS, 2 a 0, e empatou com a Romênia, 1 a 1, e ficou em terceiro lugar no grupo. Aos “trancos e barrancos”, o time de Maradona conseguiu prosseguir no Mundial, enquanto o Brasil, que tinha vencido todos os jogos na primeira fase, foi eliminado logo na sequência.
O formato para 2026 também traz uma novidade: uma nova fase de “mata-mata”, antes das oitavas de final, uma espécie de “dezesseis avos” de final. A equipe que for campeã terá agora que disputar oito partidas, e não sete, como ocorria desde a Copa de 1974. Além de uma maratona de jogos, a competição “inchada” poderá deixar o torcedor desinteressado e confuso, em meio a tantas partidas (104).
Como citei acima o Mundial de 1990, ouça agora mais histórias da competição, disputada na Itália, com a participação especial do jornalista Mauro Beting.